A tarde do dia 30 de julho de 2015 fora afeta ao debate sobre a prevenção da violência nos estádios de futebol.
No Fórum Clóvis Beviláqua houve audiência pública frente à 36ª Vara Cível, onde a magistrada titular daquela vara, ao observar a possibilidade de acordo, resolveu suspender a decisão que havia desconstituído as torcidas organizadas.
A Federação Cearense de Futebol, que contou com a presença do diretor Jurídico Eugênio Vasques e diretor de Competições Josimar de Carvalho em citada audiência pública, apóia referida decisão, assim como as propostas de acordo lançadas nos autos, tais como a setorização dos estádios com setores específicos para as torcidas organizadas, recadastramento dos sócios das mesmas, criação da Associação Cearense das Torcidas Organizadas, penalização dos torcedores que praticarem violência nos estádios, entre outras medidas atinentes a diminuir ou acabar com a violência nos estádios. No sentido de testar a setorização, a FCF propôs a realização, na pré-temporada de 2016, do clássico da paz entre Ceará Sporting Club e Fortaleza Esporte Clube.
É de se notar que as Torcidas Organizadas, inclusive em razão de seu papel de liderança, têm papel fundamental no processo de aumento da segurança no esporte, podendo inclusive colaborar na identificação dos maus torcedores, a fim de que os mesmos sejam punidos e todos possam aproveitar o evento desportivo com tranquilidade.
Igualmente na tarde desta quinta-feira (30), houve julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol Cearense relativo à briga havida no segundo jogo da final do Campeonato Cearense da Serie A de 2015, tendo a FCF sido representada pelo seu Assessor Jurídico, Rodrigo Rocha.
Em que pese respeitar a decisão emanada do Pleno daquela Egrégia Corte apenando ambos os clubes a mesma, no sentir da FCF, malferiu os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, principalmente quando se leva em consideração que os apenados passarão boa parte, se não a totalidade dos jogos do Campeonato Cearense da Serie A de 2016 apartados de sua torcida.
Em razão de tal decisão de fato representar grave dano a todos os atores, a Federação Cearense de Futebol, em que pese tenha sido absolvida, usará de sua prerrogativa de recorrer, no intuito de proteger o Futebol Cearense, solidária, como sempre esteve, aos seus filiados.
Leandro Vasques / Eugenio Vasques / Rodrigo Rocha Diretoria Jurídica da Federação Cearense de Futebol juridico@futebolcearense.com.br
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